DO FUNDO DO BAÚ (E DA CABEÇA)
Meus pais se separaram quando eu tinha mais ou menos 5 para 6 anos e eu sempre morei com minha mãe. Meu pai tava sempre na área, visitante de plantão. Faltavam um ou dois dias para o Dia das Mães e ele apareceu, preocupado com o presente da genitora. Explicou que a gente não podia deixar passar em branco. Enfiou a mão no bolso, puxou a carteira e sacou um dindin pra gente se virar e comprar alguma coisa que ela usasse. Pra gente = meu irmão (do meio) e eu. Beleza!!!!
Depois de horas queimando os micro neurônios, chegamos a conclusão de que seria impossível irmos a uma loja sozinhos porque éramos pequenos demais pra que alguém desse bola. Mas perto de casa tinha uma farmácia. Ah, vamos lá ver qual é!!
Lá, olhávamos pra cima, para as prateleiras socadas de remédios... caixas de todo tipo, cor e tamanho. Tagarelávamos enquanto fazíamos a busca de algo que se identificasse com nossa querida mamãezinha!
De repente eu vi um pacote bonito, lilás e tinha florzinhas!!! Cutuquei meu irmão:
- Duda, olha aquele ali!!!!
Ele concordou na hora... afinal, lilás e florzinha é bem coisa de mulher mesmo!!! Apontei e disse pra moça do balcão:
- Moça, me dá um disso ali!!!! Lilás com florzinhas!!
A mulher pegou o tréco, pôs em cima do balcão e eu, indignada com o desleixo da parte dela completei:
- Ô, embrulha pra presente!! Vou dar pra minha mãe!!
A moça de riu até ficar da cor do presente... me disse:
- Vão dar um pacote de absorvente de presente de Dia das Mães pra sua mãe????
Claro que a moça não deixou que a gente levasse... !!!!
Mas que ia ser um Dia das Mães inesquecível pra minha mãe... ô se ia!!!!
HUhauahuhahauha!!!!
Beijocas: muááááá!!!
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